Debbie Madden escreveu um artigo para a Harvard Business Review no qual defende que é mais importante (e mais rápido) orçar do que estimar um projeto e descreve o método Ballpark. A Debbie permitiu, gentilmente, que eu traduzisse o seu artigo para o português.
Trabalhando como coach de métodos ágeis, concordo com a Debbie em vários aspectos. Inevitavelmente, na porta que liga o campo das ideias ao da realização, há um guardião (na forma de um patrocinador ou potencial cliente) que pergunta “quanto isso vai custar em termos de dinheiro e tempo?”.
Há duas respostas para essa pergunta e o guardião não costuma gostar de nenhuma delas:
- Não sabemos!
- Permita-nos que façamos uma estimativa…
Quando aqueles que vão desenvolver o projeto já possuem um repertório considerável de construções passadas e alguma maestria do domínio do que será desenvolvido, é possível dar uma melhor resposta, um chute calibrado, expondo também um fator de erro (ou risco).
De qualquer maneira, é responsabilidade da equipe técnica, junto com o Product Owner, oferecer (ou, no mínimo, validar) o orçamento para o desenvolvimento e, para isso, Debbie propõe uma abordagem em quatro fases.
- Identificar decisões – É possível assumirmos esse projeto com a equipe atual? Será necessário contratar pessoas ou terceirizar serviços? É o caso de iniciarmos uma startup?
- Nivelar a precisão das informações às decisões – Ou seja, estrategicamente isso significa ter uma boa ideia do real orçamento para o desenvolvimento.
- Orçar – É nesse ponto que a metodologia Ballpark pode ajudar, identificando histórias a serem desenvolvidas e mapeando-as com os recursos humanos. Em resumo, é nessa fase que é dado o chute calibrado, colocando-se custos conhecidos em paralelo ao repertório que temos de outros desenvolvimentos.
- Variabilidade e níveis de confiança – É a decisão sobre o que desejamos e o que podemos colocar dentro do orçamento, mapeando o que é absolutamente requerido (o produto mínimo viável) e o que pode ficar para novas fases ou versões.